Experiência pessoal de Herculano Pires
com o médium Ciro Milton de Abreu, ferroviário da Estrada de Ferro Sorocabana,
porteiro da estação de Cerqueira César – SP, em 1938 na residência de Dadício
de Oliveira Baulet. “Sala não totalmente escura curiosos fenômenos de explosão
ectoplásmica, semelhante, em proporções relativas, a descargas elétricas na
atmosfera. Pequenos relâmpagos estralejavam no ambiente, cortando o ar de um
lado para outro, sempre de maneira descendente, produzindo odor mais forte de
ozona. Esses efeitos duraram por mais de duas horas, de maneira que pudemos
observá-los à vontade.”[1]
RIZZINI, Jorge. J. Herculano Pires, o apóstolo de Kardec. Paideia,
São Paulo.
Segundo Jorge Rizzini escrevendo sobre
Herculano Pires em suas primeiras sessões mediúnicas. Ao mesmo tempo em que se
aprofundava no estudo de O livro dos espíritos, passou Herculano Pires a
assistir sessões mediúnicas em casa de seu amigo Dadício de Oliveira Baulet. Ciro Milton de Abreu, humilde
funcionário na estação ferroviária de Cerqueira César, era o médium principal.
Ciro era dotado de faculdades excepcionais no campo da ectoplasmia, dos
fenômenos de transporte de objetos sem contato, de levitação e reprodução de
efeitos luminosos e de fogo.
O espírito que produzia tais prodígios
se chamava Fragoso. Herculano Pires presenciou nessas sessões imensa quantidade
de fenômenos. Deixemos que ele próprio relate:
“Logo a seguir Fragoso pediu que apagassem a luz da sala.
Não se fez escuridão completa porque a casa era de telha vã e a iluminação da
rua e a de uma sala vizinha, da própria casa, penetravam indiretamente no
ambiente. Ouviu-se um estalo no canto direito da sala e todos se voltaram para
lá. Foi uma fração de segundo. Quando todos voltaram a olhar para o médium ele
havia desaparecido. Suspenderam os trabalhos e chamaram por Ciro. Ele não
respondia. Deram buscas na casa e foram encontrar o médium preso num
guarda-roupa do quarto de dormir do casal, estando o móvel fechado a chave por
fora, com a chave na fechadura.”
E Herculano Pires nos fornece estes
detalhes não menos impressionantes: “Emanação de ectoplasma em forma fluídica,
formando nevoeiro espesso na sala, com a produção de relâmpagos e
luminosidades, e a produção de chamas isoladas, até mesmo na calçada da rua,
pequenas chamas flutuantes e verdes como fogo-fátuo, foram verificados ali.”[2]
Nenhum comentário:
Postar um comentário