terça-feira, 6 de julho de 2021

Edson Cavalcante Queiroz (PE)

(Recife, PE, 23/08/1950 – 05/10/1991), foi ginecologista e médium brasileiro.

Desde criança, Edson Queiroz manifestava dons mediúnicos, afirmando ser visitado pelo espírito de sua bisavó e outros espíritos que apenas ele enxergava.

Conforme o próprio médium, ele não tinha intenção de se dedicar à Medicina: preparava-se para o Vestibular de Engenharia, quando recebeu uma mensagem do plano espiritual: deveria dedicar-se à área de Saúde. Assim, Edson desistiu da engenharia e ingressou no curso de Medicina, especializando-se em Ginecologia.

O trabalho mediúnico com o Dr. Fritz começou em 1979 fazendo crescer rapidamente o número de  pacientes atendidos no Centro em Recife. Sua equipe chegou a contar com oitenta pessoas.

Nesta fase, as formas de tratamento praticadas pelo Dr. Fritz eram diversificadas:

· alguns pacientes recebiam receitas dos medicamentos que deveriam tomar;

· outros eram tratados espiritualmente, à distância;

· uma boa parte era encaminhada ao Departamento de Passes;

· as cirurgias espirituais eram efetuadas em dias marcados, em grupos de até cem pessoas.

As cirurgias eram feitas com grande rapidez, sem assepsia, a maioria das vezes sem dor, apresentavam pequeno sangramento e os cortes eram fechados sem suturas. Por vezes eram utilizadas agulhas hipodérmicas, tanto à semelhança de um processo de acupuntura espiritual, como para pução de substância estranha no corpo dos pacientes. Segundo informado pelo Dr. Fritz, o tratamento com agulhas para punção era utilizado nos pacientes que apresentavam problemas obsessivos ou de ordem moral.

O médium chega a ficar até dez horas em processo mediúnico inconsciente.

Outras entidades que auxiliavam Dr. Fritz com o médium Dr. Edson: Rama-Chain e Swastra (orientais), um enfermeiro espanhol, um sacerdote brasileiro e um caboclo, entre outras.

Eu estive com Dr. Edson na Fundação Espírita Adolph Fritz de Recife em 01/08/1990. Pessoa simpática, acolhedora e alegre. Gostava de tocar violão e cantar a música “Segura Na Mão De Deus”. Filmei e entrevistei o médium, constatando a realização de cirurgias sem assepsia e anestesia. Após o trabalho mediúnico que durou várias horas, Dr. Edson se alimentou de uma bacia grande de iogurte ou colhada. Ocorreram três casos curiosos. No primeiro, Dr. Fritz me chamou em uma mistura de português e castelhano: usted! Saque las agujas! Pedindo, ou melhor, ordenando para que eu deixasse a filmadora e retirasse cerca de 4 a 6 agulhas hipodérmicas que ele havia enfiado entre vértebras da coluna vertebral de um homem, por cima da camisa, sem verificar previamente o local exato que deveria introduzir cada agulha e sem haver qualquer manifestação do paciente. Eu puxei a primeira e saiu um pouco de pele ou carne. Dr. Fritz me advertiu que puxei errado. Deveria puxar e girar ao mesmo tempo. Puxei as restantes conforme a recomendação. Trata-se de uma técnica nova, que não apareceu no trabalho do Arigó. Um menino de 12 a 14 anos entrou trazido pela mãe que falou que o menino apresentava uma dor de garganta que não passava. Dr. Fritz imediatamente pede para o menino baixar a bermuda. O menino obedece e todos veem que a bolsa escrotal enorme. Foi surpresa para a própria mãe que nada sabia dessa situação. Dr. Fritz enfia uma agulha hipodérmica e faz a punção do líquido em uma seringa. Disse que o menino ia ficar bom. O terceiro caso causou surpresa, pois uma moça de 16 a 18 anos começou a sentir dor e a gritar quando o médium furava sua garganta. Dr. Fritz ficou impaciente e gritou rispidamente para ela parar de gritar. Ela parou, mas passou a gemer baixinho até o final da intervenção. O que teria acontecido para que o processo de anestesia não ter tido o sucesso habitual? Por que Dr. Fritz não pediu para Jesus ou para os espíritos que o assistem intercederem?

O trabalho mediúnico de Edson Queiroz chegava a atender centenas de pessoas por dia. Atuou na Federação Espírita Pernambucana, em um Centro Espírita local e na Fundação Espírita Adolph Fritz, em Recife.

Foi deputado estadual e presidente da Câmara Estadual de Pernambuco.

Em 12 de outubro de 1983, o Conselho Regional de Medicina do Ceará acusou Cavalvante Queiroz e prática ilegal da Medicina o que resultou na cassação de seu registro profissional. Dois anos depois foi absolvido.

Como Arigó, nada cobrava por sua dedicação e veio a ter morte trágica - assassinado a facadas por seu caseiro, José Ricardo da Silva -, o que acabou reforçando a lenda em torno da entidade e seus médiuns.


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