segunda-feira, 5 de julho de 2021

Benedito Cosme (SP)

Foi presidente fundador da Fraternidade Espírita Irmão Kamura, S. Paulo, SP, fundada em 1963. Rua Dr. Marrei Junior, 84, 86, Parada Inglesa, São Paulo.

Nascido em 09/04/1923 em Ribeirão Preto – SP, filho de Sebastião Rodrigues Cosme e Bernardina Ladeira Cosme, casado com Floriza Cosme, teve cinco filhos. Fez até o quarto ano primário. Benedito Cosme é irmão de Lúcio Cosme. Ambos são primos dos médiuns João Rodrigues Cosme e Eduardo Ladeira Bandeira.

Disse que antes do transe sentia um sono profundo e a impressão que ia sair fora do corpo. Os espíritos aconselhavam a comer peixe e beber leite.

Sua mediunidade era exercida sob a supervisão de Guiomar Buischi Biagi.

Chegou a viajar para Miami – EUA uma a duas vezes por ano. Foi ao Uruguai no Centro Espírita Joana de Angelis.

O vereador Rubens Calvo apresentou pedido deferido na Câmara Municipal de São Paulo em 11/04/2000, de Voto de Júbilo e Congratulações ao Centro Espirita Irmão Kamura, na pessoa de seu presidente, Exmo. Sr. Benedito Cosme pelo trabalho dignificante em favor do ser humano.

Dados esparsos de uma entrevista que eu fiz com o Benedito Cosme em 1988:

Iniciou sua mediunidade a partir de sua participação em uma reunião de efeitos físicos que ocorreu na residência do senhor Máximo, na Rua Piatá, no início da década de 1960. O Padre Zabeu se manifestou dizendo que que havia uma pessoa com muitas dúvidas e muita mediunidade. Começou a atuar como médium auxiliar e as primeiras manifestações foram de tiptologia. Lembra que logo no início ele foi transportado com a cadeira, algemado nas mãos e nos pés, para cima de um guarda-roupa.

Sua mãe era protestante, mas aceitava o espiritismo.

Ao iniciar as reuniões diz que sente certa fraqueza, muito sono e uma sensação que vai sair fora do corpo. Após as reuniões sente fome.

Disse que participou de sessão com a médium Otília Diogo em Campinas, ocasião em que foi examinado por médicos e pesado no final da reunião acusando entre 300 a 400 gramas a menos.

Não fuma e evita comer carne e álcool. Os espíritos aconselharam comer peixe e beber leite.

Ele se recorda quando o espírito o acorda durante o transe. Algumas vezes o espírito está materializado parcialmente, com apenas a metade do corpo.

Em uma reunião no Centro Espírita Irmão Geraldo alguém acendeu a luz e ele quase ficou cego. Em outra reunião um espírito obsessor quebrou a vitrola de corda fazendo-a levitar e cair. Uma vez o médium foi visitar uma pessoa doente na Santa Casa do Rio de Janeiro. Era um dia de muito calor, o pavilhão lotado de doentes. A moringa e o copo de água levitam.

Por meio do espírito do Dr. Kamura chegou a fazer algumas cirurgias com bisturi até 1972. Entre os espíritos que se materializaram por meio da sua mediunidade, ele citou Padre Cícero.

Disse já ter feito reuniões de materialização em Ribeirão Preto, na Casa de Caridade Irmã Isaura; em Curitiba no Centro Espírita Nazaré; no Centro Espírita Joanna de Ângelis do Uruguai e em Miami.

 

Materializações. Este é um arquivo que eu tenho guardado a muitos anos e que agora coloco a disposição daqueles que visitam a Casa de Amor e Luz. Texto e imagens originais de uma reunião de materialização realizada em 16/06/1965. Secção Especial para trabalhos de parafina realizado no dia 16/06/1965 às 20:30 horas. Duas Horas de Convívio com Espíritos Materializados. Depois de algemado na cabine, o nosso irmão Benedito sentiu logo sonolência, apagadas as luzes, é feita a prece de abertura dos trabalhos. Antes mesmo de terminar esta prece o Índio Irubi abriu os trabalhos dando o sinal costumeiro soprando ma flauta, e imediatamente foram abertas as cortinas aparecendo uma entidade árabe, completamente materializada trazendo junto o megafone de papelão e projetando luzes fortes, chegando até perto, esta entidade colocou a mão na cabeça de um companheiro com gestos carinhosos mostrando todo o seu vestimento colorido, tendo na cabeça um chalé vermelho sustentando uma moeda antiga entre os olhos, uma boina na cabeça de cor clara, um roupão branco comprido e por cima do qual uma blusa preta.  A entidade usava barba comprida de cor branca. A entidade permaneceu alguns minutos na sala e se voltou para a cabine. Logo após ouvimos a voz do mentor da casa “Padre Zabeu” pela voz direta o padre comprimentou a todos e pediu para não usarmos flash fotográfico, pois o médium não estava em boas condições, limitando assim as fotografias e nos concentrando no trabalho de parafina. Em seguida o mentor pediu para escolhermos o tipo de objeto para ser confeccionado em parafina, informamos o Padre que não tínhamos um objeto específico para ser confeccionado, deixando a entidade trabalhar a parafina como lhe convém. - Então vamos a obra – diz o Padre prometendo voltar no final dos trabalhos. Logo em seguida foram abertas as cortinas aparecendo de volta a entidade árabe, que se colocou em frente a mesa que continha a parafina derretida, colocou dois megafoes de papelão na mesa dos quais saia luz equivalente a uma lâmpada de 25 Watts. A cena que se desenrolara na sala era impressionante, espírito materializado trabalhando a parafina derretida fazendo objetos diversos com a maior naturalidade possível, ali estava a prova patente, incontestável e irrefutável da imortalidade e da sobrevivência da alma. Ali estava um quadro vivo da convivência dos espíritos com os encarnados, o entrelaçamento dos dois mundos, o material e o espiritual. O espírito trabalhou a parafina durante mais ou menos uma hora, terminado o trabalho a entidade chamou alguns irmãos para chegarem mais perto para apreciarem o fruto do trabalho. Em cima da mesa estava colocado um modelo de garrafa com tampa, um bastão caprichosamente trabalhado e alguns moldes de mãos e dedos, sendo a mesa iluminada com os dois megafones de papelão. A entidade retornou a cabine e em seguida voltou o “Padre Zabeu” que indagou se tínhamos gostado dos trabalhos?. Agradecemos o carinho que nos foi dispensado durante o desenrolar dos trabalhos. Despedindo-nos o Padre dizendo “Boa noite, que a Paz do Divino Mestre reine no coração de todos os irmãos que nesta casa trabalham”. Feita a prece de encerramento dos trabalhos, o Índio Irubi deu o sinal costumeiro, e o nosso irmão Benedito recuperou os sentidos. sistema de afiliados.[1]



[1] http://casadeamoreluz.blogspot.com.br/2009/10/este-e-um-arquivo-que-eu-tenho-guardado.html


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