Filho de Benedita de Oliveira Pulino e
Deocleciano Pulino, irmão de Nery Pulino conhecido por Paulo Pulino. Nasceu na
cidade de Bebedouro no dia 16/11/1914 e faleceu em 22/04/2010.
Entrevistei o médium em 1987 no Templo
do Cristianismo Espírita e obtive as informações a seguir:
Minha percepção é que se trata de
pessoa séria, de temperamento forte, muito franco, desconfiado, com boa
percepção da realidade e muito crítico.
Conheceu o Lúcio Cosme, médium de efeitos físicos do Centro Espírita Padre
Zabeu onde se deu seu desenvolvimento. Em 1945 ele e o irmão participavam das
reuniões. Em 1950 o irmão Nery começou a trabalhar como médium, depois de muito
pesquisar e exercer medidas de controle.
Amparado pelas entidades o
desenvolvimento do Diógenes foi rápido, entre 3 a 4 semanas.
No final dos anos 40 houve uma campanha
do Jornal Diário da Noite, comparecendo às reuniões com investigadores que
tomaram medidas excessivas para comprovação, como talco no chão, tinta
fosforescente na cabeça dos assistentes, fio amarrado no buraco da lapela dos
assistentes da primeira fila, lacres e esparadrapos na grade da cabine, etc. Em
determinado momento tiraram foto com flash sem autorização dos espíritos
ocasionando uma enfermidade no médium Nery
que passou muito mal, vomitou sangue fazendo a família pensar que iria falecer.
Nesta reunião os médiuns ficaram de pijama e foram pesados antes e depois da
reunião, sendo que o Lúcio Cosme aumentou três quilos e o Nery diminuiu de
peso.
Em 40 anos de mediunidade Diógenes
estima que no máximo em seis ocasiões
ocorreram a manifestação inesperada de espíritos obsessores, sem, contudo ter resultado em problemas de maior gravidade.
Disse que nunca houve a materialização
de parente seu, como seu pai e o seu irmão. “O médium precisa ter afinidade com
as entidades”. Por isso alguns espíritos não se materializaram mais depois da
morte do irmão.
Diógenes entende que o ectoplasma de
cada médium era usado de forma diferente, o do Nery para moldar o aparelho
vocal e o dele para o resto. Isso explicaria o fato de Nhô Leocádio não mais se
utilizar da voz direta após a morte do irmão, assim como alguns espíritos não
mais se materializaram por terem mais afinidade com o irmão.
Diz que sente sono, mas que o sono
mediúnico não satisfaz, porque depois de uma reunião de uma hora e meia, duas e
até três excepcionalmente, dorme naturalmente na mesma noite.
Falou que não tem consciência, mas
imagina que seu perispírito deva ser conduzido a um lugar agradável. Acredita
que os gemidos que seu corpo emite sejam resultados do desconforto que os
espíritos sentem ao tomarem contato com a densidade e o desconforto do
ectoplasma. O seu perispírito sente e transmite essas impressões que o corpo
exterioriza.
Mencionou que não costumava ler obras
espíritas por receio de colocar ideias erradas em sua mente e influenciar os
espíritos por meio de sua mediunidade.
Contou que gosta de comer carne e nos
dias de reunião que eram duas vezes por mês e depois passou para apenas uma vez
ele não comia, mas se ressentia. Os espíritos então permitiram que ele comesse
carne branca. Ele costumava comer peixe no almoço do dia da reunião. Álcool ele
toma eventualmente vinho ou cerveja, mas não costuma beber e nunca fumou.
Trecho da ata de reunião de 05/05/1956:
Espírito Leocádio: vocês ficam impressionados com o
Diógenes, mas não é nada não. Isto é coisa que nós mesmos fazemos com ele, não
tem perigo não. Silva, se o Diógenes manda você ascender a luz, você não
acende não. Às vezes, o espírito dele volta e toma o corpo dele.
Trecho da ata de reunião de 19/05/1956:
Nery
com forte gripe e Diógenes muito cansado pelo excesso de trabalho. Clemente
(espírito) materializado intensificou a luz vermelha para que todos pudessem
ver nitidamente seu rosto.
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